Faltam médicos, sobram bons alunos(in DN)...é o nosso sistema.
É objecto de um editorial do DN de hoje . Está correcto... e objectivo. Azevedo e Silva diz que:
"Milhares de alunos do 12.º ano terminaram as semiférias de Verão e preparam-se para os exames da segunda época, que se iniciam daqui a uma semana. Muitos fazem-no porque não cumpriram as suas obrigações e outros há que por um azar, doença ou qualquer outro imprevisto, não puderam tirar proveito do trabalho empenhado de um ano lectivo.
O recurso à época de Setembro como forma de emendar alguma preguiça ou corrigir um azar é compreensível. Mas, em Portugal, este recurso tem uma perversão: a época de Setembro é obrigatória para alunos brilhantes. Para alunos com médias superiores a dezassete ou mesmo dezoito valores (obtidas sem recurso a estratagemas pouco sérios). É o caso de milhares de estudantes que legitimamente ambicionavam ser médicos, mas que devido a resquícios corporativos, que nenhum dos últimos Governos conseguiu resolver, continuam a ser afastados das faculdades de medicina.(...)
Alunos que sempre deram provas de dedicação e de excelentes capacidades são obrigados a aceitarem um sistema que, em termos relativos, forma hoje menos médicos do que há décadas, porque tem como principal objectivo servir corporativismos instalados e não o País.
É uma vergonha. Faltam médicos e, ano após ano, sem qualquer pudor, alunos brilhantes são impedidos de seguirem a sua vocação. A reforma da função pública bem podia começar pelas faculdades de medicina. "....Mas vão faltar tb físicos, investigadores, biólogos, gente que quer e gosta de trabalhar"
O sistema 'trabalhou-os' e tramou-os...
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